O SINDPOLF/SP deu início a uma série de visitas às regionais do estado, começando por Santos. O encontro com sindicalizados aconteceu no café da manhã em um restaurante da cidade, na quarta-feira (19) com a presença do presidente Alexandre Santana Sally, do presidente da Fenapef, Luís Antônio de Araújo Boudens e do representante regional de Santos, Ricardo de Almeida Batista. Esteve presente também Danilo Balas, representante regional licenciado de Sorocaba.
Boudens informou para os participantes sobre as últimas ações desenvolvidas pela Federação e as reuniões realizadas com o Diretor Geral, Rogério Galloro, em tratativas que envolvem questões salariais e da carreira policial federal. O presidente da Federação afirmou que se trata de “uma construção que vem sendo feita visando algo mais estrutural e que alcance também os aposentados”.
Sally abordou a recente liminar contra a MP 849, editada no final de agosto e que impediria o reajuste salarial no próximo ano, e sobre o termo de acordo que o Ministério Público Federal (MPF) de Bauru conseguiu para que as escoltas de presos sejam realizadas integralmente pela Secretária de Administração Penitenciária (SAP).
O sindicalista fez um breve histórico sobre a luta do SINDPOLF/SP pelo fim da escolta de presos, que teve início em 2010 quando Sally era diretor jurídico da entidade e propôs uma ação na justiça, uma vez que não era atribuição da PF e os policiais estariam em desvio de função. O processo foi extinto sem exame de mérito. O sindicato fez mais duas tentativas em 2012 – uma delas foi a denúncia ao MPF de SP, dentre outras irregularidades, incluindo novamente a questão da escolta e que resultou em um procedimento investigatório. Apesar do reconhecimento do superintendente à época, de que a atividade não era atribuição da Polícia Federal, restou arquivado pelo próprio Ministério Público. A segunda tentativa foi uma nova ação judicial, em que o juiz julgou improcedente, mesmo tendo manifestações favoráveis da AGU, MPF, SR, COGER e chefia do setor. O SINDPOLF/SP recorreu e o processo encontra-se na conclusão para julgamento do recurso no TRF3.
Sally e Boudens esclareceram que as entidades não podem financiar campanhas políticas dos colegas, mas é importante que a categoria apoie candidatos escrivães, papiloscopistas e agentes para que os representem na Assembleia Legislativa paulista e em âmbito federal. Exemplificaram os avanços dos últimos anos com a melhoria das atuações políticas dos diretores da Federação e líderes sindicais no Congresso e em contatos com parlamentares.
Para os dois presidentes quanto mais representantes policiais federais na política maior será o engajamento, a luta contra a corrupção e as conquistas que ultrapassam inclusive os interesses corporativos.