Por conta de notícia incompleta veiculada pelo jornal Folha de S. Paulo (na internet e impresso) e Agora (impresso), sobre a morte do Delegado da PF Mauro Sérgio Salles Abdo,  o presidente do SINDPOLF/SP, Alexandre Sally,  foi vítima de críticas e ofensas na terça-feira (15/05). Dizia a matéria em dado trecho: “Em 2004, Abdo chefiava a delegacia de repressão a crimes fazendários. Na ocasião, foi afastado da função para ser investigado por suposto envolvimento com o crime organizado. Segundo o Sindicato dos Policiais Federais, o nome de Abdo foi encontrado em uma agenda do contrabandista chinês Law Kin Chong.” 

A assessoria de imprensa se mobilizou para contatar editores e escrever nota pedindo maior esclarecimento quanto à informação e posterior retificação. No mesmo dia, a versão da Folha de S. Paulo na Internet foi atualizada incluindo a informação de que “Segundo a seção de Mato Grosso do Sul do Sindicato dos Policiais Federais..." O Jornal Agora fez nota de esclarecimento no dia seguinte. 

Entretanto, até que a notícia fosse atualizada e retificada, Alexandre Sally recebeu críticas e ofensas de todos os tipos. Por causa disso, o presidente decidiu se posicionar e escrever a nota que segue abaixo. 

“Terça-feira, 15 de maio de 2018. Celular institucional ligado 24 horas para atender a eventuais urgências e emergências dos sindicalizados. 07h25 da manhã. Toca o whatsapp. Me assusto, preocupado com a possibilidade de algum colega estar com problemas. Eis que aparece a seguinte mensagem: “Sally bom dia! Você tem problema mental? Ou você é um covarde? No caso de ser ambos, espero q você tenha a lei do retorno e se acabe com suas palavras”.

 

 

Parei... Refleti... Tentei lembrar de quem era essa pessoa... Depois de pouco tempo envio mensagem perguntando quem era, do que se tratava e se poderia ser mais específica sobre o fato pelo qual estaria me acusando. Como não tive retorno, liguei para o número que aparecia na msg e ela não atendeu. Após mais algum tempo sem retorno, enviei nova msg, demonstrando que não sou covarde e estava buscando entender o que acontecia. Quanto à minha saúde mental, dei-lhe o benefício da dúvida.

 

Às 11h30 da manhã, finalmente entendi do que se tratava: na internet havia uma notícia sobre o assassinato do policial Abdo, cujo trecho, referente a fatos do ano de 2004 era “Em 2004, Abdo chefiava a delegacia de repressão a crimes fazendários. Na ocasião, foi afastado da função para ser investigado por suposto envolvimento com o crime organizado. Segundo o Sindicato dos Policiais Federais, o nome de Abdo foi encontrado em uma agenda do contrabandista chinês Law Kin Chong. ”

A notícia não falava qual sindicato deu a informação. Não dizia tratar-se de entidade de SP (existe sindicato em todas as unidades da federação). Sequer identificava se era o sindicato dos delegados ou dos demais policiais ou servidores. Tampouco se foi o presidente de tal entidade, um diretor, ou um conselheiro.

Assim, sem tomar as devidas cautelas em buscar saber se tratava-se do SINDPOLF/SP, sindicato o qual presido, sem buscar saber, ainda, quem teria dado tal entrevista ou informação (se fui eu, presidente do SINDPOLF/SP), enfim, sem se preocupar em se respaldar para ensejar uma acusação, do nada, sem qualquer motivo, escolhe meu nome para fazer um absurdo desses! Por qual razão?

Verificando a foto e nome que aparece no whatsapp, identifiquei tratar-se da pessoa de VERA LUCON. Por ser pessoa com a qual nunca tive contato, não pertencer ao meu círculo de amizades ou trabalho, e não ter trocado mensagens com ela, busquei pesquisar no Google, encontrando a advogada VERA CRISTINA VIEIRA DE MORAES LUCON, cujo escritório de advocacia fica estabelecido na região da Paulista.

 

(Foto: Reprodução/WhatsApp)

Ainda assim fiquei curioso. Por que uma advogada se prestaria a tal papel, arbitrário, abusivo, atentatório aos bons costumes, leviano e maldoso? Por que escolher a mim, presidente do SINDPOLF/SP?

Pesquisei mais a fundo e encontrei a resposta! VERA é delegada da Polícia Federal aposentada e Membro Titular da Comissão Nacional de Prerrogativas da – o que fez todo o sentido!!... – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS DELEGADOS DE POLÍCIA FEDERAL (ADPF)!!!

Todos sabem que, por mais que os Sindicatos de Policiais Federais de todo o Brasil e a FENAPEF busquem sempre um ambiente de trabalho sadio para a categoria, infelizmente, a ADPF vem tumultuando nossos pleitos e fomentando, aberta ou veladamente, a discórdia entre os cargos e entidades, sendo, geralmente, a única entidade defensora de determinadas ideias, em detrimento das demais 4 ou 5 entidades e cargos representados.

Assim, sem sequer raciocinar direito, ao ler na notícia “Sindicato dos Policiais Federais”, já imbuída de ódio e preconceito contra este presidente do SINDPOLF e contra nosso sindicato, foi apontando irresponsavelmente uma culpa e responsabilidade que não me cabia.

Aproveitou-se de momento de dor da família e colegas que conheceram e trabalharam com Abdo e utilizou, maldosamente, seu trágico e fatal assassinato para pôr lenha na fogueira de briga entre instituições sindicais. 

O SINDPOLF/SP enviou coroa de flores ao velório do colega e, este presidente iria comparecer ao enterro, pois conheceu e respeitava o falecido. Compromissos do Sindicato me impediram de comparecer, mas fico imaginando se tivesse comparecido ao evento, em como seria a reação das pessoas, uma vez que ao longo do dia soube que o fato imputado a mim, já estava circulando pelo whatsapp e colegas estavam revoltados acreditando que eu fosse o autor, fazendo com que eu divulgasse um áudio esclarecendo os fatos.

Por fim, nossa assessoria de comunicação entrou em contato com o jornal Folha de São Paulo e conseguiu que a matéria fosse corrigida, demonstrando a total ausência de participação deste sindicato e do presidente quanto às declarações imputadas. Afinal, o autor das declarações era do estado do Mato Grosso do Sul.

 

 

 Acredito na possibilidade de Vera ter se deixado levar por uma provocação maldosa de uma delegada da ADPF, que, inclusive, em evento passado onde o SINDPOLF foi convidado para participar de carro de som de movimento social, que estava ao lado de carro a ser ocupado pela ADPF, na Paulista, havia um documento dessa delegada falando que este presidente estaria impedido de subir no carro porque na época respondia a um processo criminal.

 Por fim, dois colegas Agentes de Polícia Federal, que possuem um interesse muito malicioso e extremamente nocivo ao SINDPOLF, ajudaram a inflamar a notícia e propagar sua circulação inescrupulosa.

Ou, pode ser que eu esteja equivocado quanto a este raciocínio. De qualquer forma, jamais serei leviano em imputar um fato sem antes ter a absoluta certeza de quem seria autor dos fatos. Caso contrário, estaria cometendo a mesma injustiça que cometeram comigo.

 Esse episódio todo ainda me leva à seguinte reflexão: Seria prudente confiar em uma defesa realizada por advogado que, ante a fato que deve defender, já emite opinião sem, contudo,  verificar a veracidade dos fatos envolvendo seu cliente? E, pior, seria aceitável um delegado de polícia, ante um fato que chega a seu conhecimento, instaurar inquérito, prender, provocar processo, sem antes ter tomado a cautela de verificar os mínimos indícios de autoria e ocorrência do delito? E, se essas hipóteses fossem efetivadas e, ao final, aparecesse a prova de inexistência do fato e de autoria? Como ficariam esses profissionais? Isso é muito preocupante para a sociedade!

Como bem “previu” Vera, aqui está a lei do retorno sendo aplicada a ela mesma, que se acabou com as próprias palavras!

 E eu estava quietinho no meu canto...

 Alexandre Santana Sally

Presidente do SINDPOLF/SP”

 

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