Quando se trata de lavagem de dinheiro, muito se pergunta sobre os mecanismos de preparação da Polícia Federal para realizar as investigações de forma eficiente. Esses e outros pontos foram elucidados durante o webinar “A repressão à Lavagem de dinheiro como instrumento de segurança pública”, promovido pelo Instituto Presbiteriano Mackenzie e o SINPF/SP na última quarta-feira (10).   

“Atualmente, um agente da Polícia Federal precisa entender de tecnologia aplicada e da parte jurídica, além de estar inteirado na área de negócios, como contabilidade e economia. É necessário compreender que a categoria realiza um trabalho de investigação de forma integrada, de equipe, com conhecimento profundo, mas com especificações distintas” introduziu o agente de Polícia Federal, mestre em Economia e Doutorando em Finanças pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Carlos Henrique Firmino de Oliveira. O foco em formação acadêmica foi retomado pelo também convidado, o Procurador de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Diretor e Professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Gianpaolo Poggio Smanio.  

Gianpaolo Smanio relembrou que ao entrar no Ministério em 1988, pesquisas acadêmicas eram inoperantes dentro da segurança pública. “O sistema brasileiro mudou após a lavagem de dinheiro e se tornou compatível com o mundo todo. Hoje temos bloqueio de bens, bloqueio financeiro, além de termos criado o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). É preciso ter eficiência para enfrentar a tecnologia, precisamos separar um tempo para nos aperfeiçoarmos” pontuou.  

A presidente do SINPF/SP e moderadora do webinar, Susanna do Val Moore, acrescentou também sobre a gama de profissões encontradas dentro da PF. “Temos muitos profissionais da área jurídica, muitos economistas, veterinários, engenheiros, por fim, todos acabam ajudando para que se consiga trabalhar de forma eficaz nas investigações. Isso é muito importante e a tecnologia vem para somar muito em todas as profissões”.  

Outro ponto importante foi a responsabilidade dos agentes privados no combate à lavagem de dinheiro. Segundo Firmino, o setor privado tem se qualificado e dentro desse contexto vem dando importância às certificações de cursos de prevenção à lavagem de dinheiro, sendo elas internacional e/ou nacional. “Aos poucos as empresas estão contratando e colocando como pré requisito essas certificações, se elas optarem e entenderem como um diferencial, isso pode refletir no mercado, e faz com que a instituição não se envolva em casos como esses”, afirmou o especialista.  

Para quem gostaria de rever ou não acompanhou o webinar, pode assistir na íntegra no link: https://youtu.be/b7VJjmFlF5w

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