O Dia Internacional da Mulher- comemorado em 08 de março, serve para refletirmos qual a condição em que nos encontramos na sociedade do século XXI. Se por um lado, recordamos das muitas manifestações por igualdade econômica e política, sendo uma delas a de maio de 1908 nos Estados Unidos com a participação de 1500 mulheres, por outro lado, nos deparamos com a realidade de 2019 e um aumento de 7,3% nos casos de feminicídios.
Na área política, 2018 foi a primeira eleição com a obrigatoriedade de os partidos destinarem ao menos 30% dos repasses a candidaturas femininas e promoveu alguns avanços como o aumento do número de mulheres eleitas. Temos hoje 77 deputadas federais (aumento de 51% em relação às eleições anteriores) e no Senado sete senadoras. Nos Estados da Federação, foram eleitas 161 deputadas estaduais, representando aumento de 41,2% em relação ao ano de 2014, quando foram 114 mulheres.
Na área de segurança pública, em 2017 o Brasil tinha 642 mil profissionais, desses, 13,5% eram mulheres, segundo Samira Bueno, diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em entrevista naquele ano para o site Mulher +360. Samira informou também que nas Polícias Militares, a média de profissionais do sexo feminino era de 9,8% e em alguns estados não passa de 5%.
Já na PF, as servidoras que ocupam cargos dentro da Polícia Federal correspondem a 13,8% do efetivo total dos 11,3 mil policiais na ativa. Somadas ao número de servidoras que ocupam os cargos administrativos, chegam a 2,3 mil. Esses dados de 2018, apresentados pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), demonstram a necessidade do crescimento do universo feminino neste segmento.
Dentro deste contexto, algumas mudanças acenam de forma positiva pelas entidades representativas dos servidores da PF. A criação da Diretoria da Mulher, é um dos exemplos de ações implementadas pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) cujas atribuições serão decididas em Assembleia. Destaca-se também que dos 27 sindicatos dos servidores da PF, quatro presidentes são mulheres.
Acreditando que as mudanças começam a partir de nossas reflexões e na avaliação sobre a necessidade de que elas devem ocorrer, o SINDPOLF/SP cumprimenta e apoia todas as mulheres deste país que buscam no dia a dia o respeito, a valorização e uma sociedade mais justa.