A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (17/07) a operação Púnico para desarticular um grupo criminoso especializado em inserir dados falsos nos sistemas de informação do INSS e criar benefícios a pessoas que não tinham direito a eles. Após descoberto o esquema, servidores passaram a ser ameaçados para permitir a continuidade das fraudes.
Estão sendo cumpridos 1 mandado de prisão preventiva, 2 mandados de prisão temporária e 3 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo e Santo André. Todos os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal Federal de Santo André.
A PF agiu em conjunto com o INSS, o Ministério Público Federal e a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária do Ministério da Fazenda (COINP), que garantiram toda a integração necessária para uma investigação criminal célere e bem-sucedida.
O inquérito policial teve início no dia 22 de março deste ano, com a informação de que a chefe da agência da Previdência Social em Santo André estava sendo ameaçada após ter descoberto um esquema criminoso envolvendo um servidor lotado naquela mesma agência e de ter, em razão disso, cortado seu acesso aos sistemas de inserção de beneficiários. As ameaças haviam se iniciado no dia seguinte ao corte do acesso. Após algum tempo, o gerente-executivo também começou a receber ameaças por telefone. As ameaças de agressão e morte mencionavam familiares.
A pedido da PF, o INSS realizou uma breve varredura nas atividades do servidor, em razão da necessidade de ação rápida, tendo verificado 12 benefícios que ele havia processado. Dessa análise, 100% dos benefícios tinham indícios de fraude. A COINP aprofundou a análise dos casos e verificou outras fraudes envolvendo o grupo investigado.
Nesta data, em ação simultânea, a Advocacia Geral da União protocolará ação de improbidade administrativa e representará pelo bloqueio patrimonial em âmbito civil.
Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de inserção de dados falsos em sistemas informatizados da União, estelionato contra a União, ameaça e organização criminosa, com penas que variam de 1 mês a 13 anos e 4 meses de prisão.
Haverá entrevista coletiva às 14h30 no auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, localizada na Rua Hugo D’Antola, 95 – Lapa de Baixo.
Fonte: Comunicação Social/Superintendência da Polícia Federal em São Paulo