Certame, realizado em setembro passado, previa 500 vagas; estatísticas mostram que órgão precisa de mais de 4 mil servidores
O governo confirmou, nessa quarta-feira (10), que chamará todos os aprovados excedentes nos concursos da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, realizados no ano passado. Inicialmente, 500 pessoas foram chamadas para a PF, mas o número, segundo o órgão, seria insuficiente para suprir a demanda.
Estima-se que sejam mais de mil aprovados no último certame, realizado em setembro do ano passado, e mais de quatro mil cargos vagos dentro da Polícia Federal. O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Luís Antônio Boudens, comemora a notícia. “Lutamos veemente para que isso se tornasse uma realidade. Há uma grande possibilidade de ser aberta uma segunda turma na Academia Nacional de Polícia em breve”, adianta.
O edital do concurso previa 500 vagas para imediato: 180 para agente, 150 para delegado, 80 para escrivão, 30 para papiloscopista e 60 para perito. Mas, para Boudens, o número disponível não chega nem perto do déficit alarmante de agentes, papiloscopistas e escrivães. Segundo estatísticas ainda, até o ano passado havia uma necessidade real de mais de quatro mil servidores, sendo 2.249 agentes, 629 delegados, 920 escrivães, 116 papiloscopistas, 108 peritos e 327 profissionais da área administrativa.
A expectativa é de que seja aberto um curso de formação até junho deste ano e outra turma até o primeiro semestre de 2020.