Nesta quinta-feira (29), a Polícia Federal e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) identificaram 28 possíveis integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) que estão detidos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Roraima. A intervenção na unidade prisional começou segunda-feira (26) e vai durar mais 90 dias.
De acordo com o diretor do Depen, Tácio Muzzi, dois dos presos identificados na ação eram considerados foragidos.
“Hoje todos os presos estão individualizados e identificados. Então esses dois dos 28 presos que já estavam presos, dois a Polícia Federal achava que estava foragida exatamente por conta desse descontrole em relação a quem estava custodiado nesse estabelecimento.”
O diretor do Depen destaca que muitos presos entravam e saíam livremente da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. Por isso, a intervenção teve como um dos focos a identificação dos detentos e o reforço na segurança.
“Essa intervenção refletiu não só dentro da penitenciária, no sentido de os presos ficarem efetivamente presos, responsabilizados, e obviamente resguardando os direitos mínimos que o estado tem o dever de assegurar, mas teve reflexo nas ruas. Não só não se tem a ocorrência de crimes violentos, mas também de crimes patrimoniais.”
Os agentes federais continuam na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo para a realização de obras de infraestrutura, que estavam prejudicadas pelo alto grau de insegurança interna.
Na inspeção realizada no presídio, foram encontrados 80 celulares, drogas e balança de precisão.
Em nota, o governo de Roraima afirma que, desde 2015, adotou medidas para promover melhorias nos presídios estaduais. Entre elas, a compra de armas para os agentes penitenciários, a instalação de câmeras e cercas elétricas. A gestão estadual ressalta ainda que iniciou a construção do primeiro Presídio de Segurança Máxima de Roraima, que deve ficar pronto no segundo semestre de 2019.