Quem quer passear?

Logo, a Fuyumi saiu de sua posição de esfinge egípcia, deitada, relaxada, com as patas estendidas e a cabeça entre elas. Sempre calada, se aproximou, pronta para o nosso passeio. Como de hábito, eu já estava com alguns saquinhos plásticos no bolso, a coleira em minhas mãos aguardando-a colocar sua cabeça no laço. Descemos pelo elevador, chegamos à rua e ela escolheu entre dois caminhos. Logo adiante, parou para fazer suas necessidades e estava aliviada para seguir nosso passeio. Surpreso, a ouvi sair de seu silêncio dizendo: “vocês são fáceis de serem treinados e manipulados.”

Espantado por ela não ter uivado, latido, o que faz muito raramente, dessa vez emitira sons que eu pude entender. Respondi: o que deu em você? Resolveu deixar de ficar quieta, falar como gente e ainda por cima dar de metida, com ares de quem faz de mim o que quer? Aqui, quem foi treinada e manipulada foi você, não eu!

Fu: Será?

Eu: Claro, não há dúvida. Sou eu que estou te trazendo aqui.

Fu: Mas fui eu que te ensinei o que preciso, o que quero e como deve fazer. Desde então, obedientemente, você faz e se não pode, se preocupa que alguém possa fazê-lo por você. Não fique zangado, estou muito satisfeito com você. Você aprendeu direitinho e faz muito bem.

Eu: Você está dizendo que me domina e que, portanto, não sou livre?

Fu: Livre? Que estória é essa, o que significa isso? O que é essa tal de liberdade?

Eu: É, você não pode entender mesmo, porque você não é livre. Mas, justamente por isso, me surpreende que você não saiba o que seja.

Fu: Então me explique. Eu: É simples. É fazer o que você quer.

Fu: Ah! Então é claro que eu sou. Como eu te disse, você aprendeu direitinho e faz aquilo que eu quero que você faça.

Eu: Mas não é isso, ou será que é? Não sei. Ah! Espera aí, por exemplo, digamos que eu não fizesse nada do que você quisesse. Daí você pensaria o quê?

Fu: Saberia que você precisa um pouco mais de tempo para aprender, antes de fazer tudo que eu estou te ensinando.

Eu: Espertinha! Mas, digamos que eu já aprendi, mas simplesmente não quero fazer. Daí eu estarei sendo livre e você não poderá sair para passear como estava querendo. Nessa hora você não terá liberdade, não será dona do seu próprio nariz, não poderá simplesmente fazer o que tiver vontade na hora que quiser.

Fu: Estou entendendo o que você está chamando de liberdade. Liberdade é poder ir para lá e para cá quando quiser. Mas não é diferente do que acontece com você. Às vezes não é naquela hora, mas poderá ser depois. É verdade que às vezes não será possível, afinal, não é tudo que é possível. Mas isso é assim para mim como é para você.

Eu: Mas isso não te incomoda?

Fu: Por que deveria? É como as coisas são. Você se incomoda por isso ? Fico surpreso.

Eu: Claro! É o sonho de todo mundo, fazer só o que quer e quando quiser.

Fu: Cuidado! Eu: Por quê? Não seria ótimo?

Fu: Será? Por exemplo, no meu caso, vamos imaginar que num dos nossos passeios eu decida que não quero mais morar com você, apesar do nosso bom relacionamento e simplesmente te deixe e vá embora. Será que vou ficar bem com isso?

Eu: Mas você estaria sendo livre, fazendo o que decidiu sem que eu pudesse te impedir.

Fu: É, só que às vezes essas decisões às quais você parece dar tanta importância, chamando de livres, podem trazer mais problemas do que soluções.

Eu: Claro! Não estou dizendo que vou fazer algo sem antes analisar bem e ver as possíveis consequências.

Fu: Então, não vejo por que você precisa usar esta palavra, liberdade. Afinal, tudo é só uma questão de saber se é possível e se é o melhor para nós. Não tem porque brigar se não for. É simplesmente como as coisas são.

Eu: Mas isso é conformismo, acomodação. Desse modo sua vida não vai melhorar nunca. Fu: Mas se está bom assim, por que vou querer mudar?

Eu: Vamos imaginar o seu exemplo. Resolveu sair de casa e não voltar mais. Só que você o fez porque eu era uma pessoa péssima, que ao mesmo tempo que te dava o que comer e levava a passear, te batia, machucava, não me importava se você estava bem realmente ou não. Você ia querer mudar a situação, mesmo sem saber se havia uma vida melhor, ou imaginando que outros cães com que cruzamos no passeio fossem melhor tratados e vivessem uma vida melhor.

Fu: Estou entendendo, talvez seja isso, liberdade não é algo que exista em si, antes é uma sensação que surge quando existe uma dificuldade para fazer o que se quer. No seu exemplo, seria me livrar de você se me tratasse mal. Se você me tratar bem, como faz, não vou sentir nada disso e não ia precisar inventar esta palavra.

Eu: É, sem a dificuldade para se livrar de mim e querer não ter ninguém para dizer o que você teria que fazer, a necessidade de se libertar não se apresentaria. Por isso, enquanto para você estiver tudo bem, não tem mesmo porque se dar conta da sua falta de liberdade e precisar dar nome para esta sensação.

Fu: Palavra ruim essa, hem? Eu: A palavra não é o ruim, mas a sensação de querer ou precisar fazer algo e não conseguir. Isto sim, é ruim. Fu: Ainda acho que prefiro não sentir nada disso. Parece muito perigoso.

Eu: Perigoso por quê?

Fu: Perigoso, porque parecia que estava tudo bem e aí você começa a achar que não está e vai querer fazer alguma coisa para mudar e vai acabar em confusão.

Eu: Às vezes sim, outras não. Algumas coisas não vão precisar de briga para mudar, mas outras, de fato, não serão tão fáceis, nem saberemos de antemão se vamos conseguir mudar.

Fu: Será que não é melhor ficar quieto, sossegado deixando as coisas do modo que estavam?

Eu: Comodista você, hem! Está com medo? Desse modo, as coisas não vão melhorar nunca para você e você podia estar bem mais satisfeita e feliz.

Fu: Você está me incomodando com esta conversa. Antes, eu não precisava pensar se sou feliz, se tenho necessidade, se tenho liberdade. As coisas simplesmente eram como são e pronto. Não pensava em nada disso. Logo, não me incomodava e, portanto, não precisava de nada disso. Eu vivia no paraíso sem precisar sequer pensar ou saber que era o paraíso.

Eu: Lembra quando você ainda era bem jovem e mastigara aquele livro, a Bíblia? Talvez você lembre quando engoliu a parte que contava de Adão, Eva e o paraíso.

Fu: Lembro sim. Foi bem saboroso, pelo menos no começo, mas quando eles tiveram que sair de lá, teve um gosto amargo, enjoativo.

Eu: Lembra por que não puderam ficar?

Fu: Disso eu não lembro, só sei que o gosto foi bem ruim.

Eu: Então, posso dizer que eles viviam como você, com as necessidades tão satisfeitas que não imaginavam que precisassem de alguma coisa mais. Mas sabiam que tinha uma árvore, cujo fruto não podiam comer. Deus tinha dito para eles, lá não pode! Fiquem longe de lá!

Fu: Estou lembrando. E foi aquela Eva que arrumou a confusão. Era melhor ela ter ficado quietinha, tá vendo?

Eu: Não foi bem ela, ou não foi ela sozinha. Lembra que tinha aquela serpente sempre falando na orelha dos dois, atiçando para experimentar a fruta?

Fu: Então, está aí o meu ponto, era melhor que ela estivesse feita que nem ele e não desse ouvido para a serpente.

Eu: Na verdade, não foi a serpente, ou melhor esta serpente não estava do lado de fora.

Fu: Como assim, eu mastiguei bem, o gosto foi bem ruim e lá falava de uma serpente que se enrolava naquela árvore provocando os dois.

Eu: Foi uma maneira de falar. Na verdade, nunca existiu serpente nenhuma. Você lembra o nome daquela árvore, diferente de todos as outras?

Fu: Lembro sim, árvore da ciência ou do conhecimento, algo assim. Não sei nem o que é isso!

Eu: Isso, esta árvore, está plantada dentro de cada um de nós e não do lado de fora.

Fu: Dentro de mim não está mesmo e nem dentro de você. Não estou vendo nada aqui dentro de mim e você também não tem jeito de árvore nenhuma.

Eu: Esta árvore é a nossa vontade de entender, de conhecer como são as coisas e porque são como são. Fu: Eu tenho isso, é?

Eu: Todo mundo tem e quando menos esperamos, nos vemos fazendo perguntas, com você acabou de fazer.

Fu: Eu não faço nada disso, não. Ou não fazia, até você ficar me atiçando. É isso, você está parecendo aquela serpente da Bíblia e acho que estava melhor antes de começar a dar ouvidos para você.

Eu: Você está parecendo o Adão. Está com medo de ouvir não a mim, mas a você mesmo e dar um passo adiante, sair do seu mundinho pequeno onde parecia que estava tudo em ordem e não existiam problemas. Mas, nem por isso, os problemas existem, sempre existiram e você pode tentar fazer algo para melhorar. Fu: Você está me provocando! Desse jeito vai ficar difícil eu voltar a ficar tranquilo e sossegado como estava antes.

Eu: Não é só você. Muita gente acredita que as coisas são de uma determinada maneira. Não questionam, até se recusam a pensar se poderia ser de outra forma. Ficam até irritados se alguém diz que não é do jeito que eles estão pensando. Às vezes brigam por causa disso.

Fu: É, às vezes tem outros cães que ficam latindo, querendo me morder e nunca entendi por que. É verdade que às vezes sou eu que quero morder, latir e uivar. Mas nunca, nem pensei porque estava fazendo aquilo. Quando alguém chegava perto, eu simplesmente fazia. Só sei que não queria que chegasse perto. Se fosse embora estava resolvido, mas às vezes tinha que morder para mandar embora.

Eu: Opa, então parece que seu mundinho também nunca foi tão perfeito como você disse. Você também teve que lutar para que ficasse do seu jeito.

Fu: Claro, porque as coisas são assim, simplesmente.

Eu: Então, você cuidava da liberdade de viver num determinado lugar, deixar chegar perto só quem você queria e impedir aqueles que você não queria.

Fu: É, assim mesmo. Mas nunca precisei pensar nesta palavra, liberdade, para fazer isso.

Eu: Não precisou, mas sem saber o nome, era o que você estava fazendo. Mas ela não se refere só a poder ir e vir e proteger seu espaço físico. Existe uma outra liberdade que muita gente, talvez todos nós, de um modo ou outro precisássemos nos dar conta.

Fu: Começo a entender o que você está querendo dizer com liberdade, mas não vejo nenhuma outra, não. Para mim, ir e vir já diz tudo.

Eu: Vamos falar de outra maneira. Vamos olhar pelo avesso da liberdade, pela falta de liberdade. De fato, ir e vir é mais fácil de perceber. Mas estava querendo falar a respeito de ter a liberdade de pensar e, a partir dela, podermos fazer qualquer pergunta e às vezes mudar de idéia. Quase todo mundo, quase não, de fato todo mundo, mesmo eu que tento ter total liberdade de pensamento, acabo acreditando que as coisas são de determinada maneira, um conjunto de referências que podem ser corretas ou não, e procuro viver de acordo com elas. Não temos liberdade em relação a esta visão do mundo, vivemos presos a ela. Há outras coisas sobre as quais conseguimos pensar, questionar e eventualmente mudar, mas estas são muito mais difíceis de aceitarmos questionar.

Fu: Você está me dizendo que aquela ideia que eu tinha……. puxa, já estou dizendo tinha e não que tenho. Você está dizendo que está, estava errado?

Eu: Não que esteja tudo errado, mas com certeza, era uma visão muito pequena do seu mundo que é muito mais complexo do que você estava pensando.

Fu: E agora, o que vai acontecer comigo? O que vou fazer com isso? Mesmo querendo, agora que você, sua serpente, me despertou a vontade de saber, conhecer e entender, parece que não tenho caminho de volta. Será que vai ser bom? Será que vai ser melhor? Será que vale a pena?

Eu: Nem sempre vai ser bom, mas você vai reconhecer muita coisa que já não era e vai poder procurar descobrir se há algo que possa fazer para mudar, melhorar.

Fu: Não parece fácil. Será que vou conseguir? Basta eu querer?

Eu: Com certeza, nem tudo será fácil, nem tudo você vai conseguir. Aliás, gosto de pensar que tem aquilo que queremos, aquilo que precisamos e aquilo que podemos. Não é só porque queremos que será necessariamente bom.

Fu: Como assim? Se eu quero tem que ser bom. O melhor que poderia acontecer não é poder fazer tudo que eu quero? Não é o que você mesmo, falou antes?

Eu: Cuidado! Parece que agora nós trocamos os papéis e sou eu que vou te lembrar do que você mesmo me falou antes. De outra maneira, mas a mesma coisa. Você não está sozinho neste mundo. Tem muita gente querendo muita coisa e muitas vezes, as mesmas coisas que você. Por exemplo, como você falou antes em relação ao espaço onde você vive e quando outros querem viver no mesmo espaço. Mas vale também para o que pensamos. Tem gente que briga para que todos pensem do mesmo modo que ele pensa. Que perigo, que bobagem. Muitas vezes acaba em discussão, briga e até morte.

Fu: É, não basta querer, como já tinha falado antes, é verdade. Eu: Sim, então temos que pensar bem sobre o que queremos. Lembrar daquele ditado: “pense bem no que está pedindo a Deus e, muitas vezes, agradeça os pedidos que ele não atendeu." Mas, continuando o que estava dizendo antes, temos o que queremos, o que precisamos e o que podemos. Nem tudo que precisamos, vamos achar gostoso, preferíamos não precisar. Fu: Lembro bem, é, que nem aquele remédio horrível que você me forçava engolir. Preferia e tentava cuspir fora. Às vezes conseguia e não entendia porque você insistia.

Eu: É verdade, eu tinha que tentar te enganar ou entrar num acordo, colocando dentro daquele rosbife que você acha uma delícia, para então aceitar e engolir. Você não sabe, mas eu ficava escondendo o meu sem jeito, quando ia comprar na padaria, dizendo que era para mim. O que eles iam pensar de mim, comprando isto para você. Então, eu dizia que dava um pouquinho para você. Você é mesmo muito mimada, minha cachorra gourmet, cheia das vontades e caprichos. É verdade, você também estava certa, você me treinou direitinho.

Fu: Viu, agora você reconhece que eu também estava certa, mas você também está certo. Está me mostrando uma porção de coisas que se não estivéssemos conversando eu não teria percebido.  

Eu: Que bom seria, se todos pudessem estar fazendo o que nós estamos conseguindo fazer. Falamos um com o outro, ouvimos o que o outro tem a dizer, nos mostrar, nos ensinar. Podemos aprender muito um com o outro e juntos entrar num acordo, procurar soluções para nossos problemas em comum. Sem intolerância, sem mordidas, sem patadas, sem nos matarmos.

Fu: Se nós podemos fazer isso, talvez os outros também possam.

Eu: Mas precisam querer. Como estava dizendo antes, tem o que queremos, o que precisamos e o que podemos. Estamos sempre lidando com estes três aspectos, na busca por superar as dificuldades inerentes à realização de nossos objetivos, que sejam para um mundo melhor e uma convivência melhor com os outros e o nosso planeta.

Fu: Que bom que pudemos finalmente conversar, nos conhecer melhor. E pensar que estávamos tão perto um do outro todos estes anos e não havíamos, ainda, conversado.

Eu: Muito bom mesmo. Adorei esta surpresa de você mostrar que podia falar e assim dizer o que estava pensando.

Fu: Vou te contar uma coisa. Você sabe, naturalmente, que quando saímos para dar um passeio junto, hora e meia me abaixo, faço um xixizinho aqui outro lá. Já ouvi você comentar que não sabia que nós, as fêmeas, também marcávamos território.

Eu: Bem lembrado, foi logo no começo, quando você veio morar com a gente.

Fu: Você entendeu direito, mas não é só isso não. Eu vou marcando o caminho para reconhecer e poder ir e vir sabendo onde estou indo e onde já estive. Usando a palavra que você me ensinou, para ter a liberdade de me movimentar sem me perder.

Eu: Pensava, realmente, que era só para marcar território. Mas, você está me fazendo pensar numa outra coisa. A memória. Nós não podemos ficar livres dela, porque senão estaremos perdidos. Dessa prisão ninguém quer se ver livre.

Fu: É verdade, mas mesmo assim, tem gente por aí se “libertando “dela. Eu: Vou brincar um pouco com isto. Você chegou a este mundo e foi fazendo seus xixizinhos múltiplos como marcas que guardam as lembranças do que já viveu. Com certeza, às vezes, você toma como seu, o xixi feito pelos outros, mas não faz mal, porque o importante é que sirva como referência para você não se perder e poder se orientar e sobreviver neste mundo. Eu, do meu lado, vou imaginar que desde o primeiro momento fui dando pequenos nós no que vou chamar de linha da minha vida. Com o tempo se tornou um emaranhado enorme de múltiplos nós que se embaraçaram com o das outras pessoas, a tal ponto que se confundem. Como acontece com você, não tem muita importância se aquele nó é meu mesmo e muitos com certeza não o são. Mas eles cumprem sua função de me permitir orientar, conduzir e sobreviver neste mundo. Fu: Sim. É uma boa imagem.

Eu: Já que nossa conversa começou falando sobre liberdade, vamos imaginar dar um grito radical: “Libertemo-nos de todas as amarras e prisões, vamos em busca da Liberdade Total e Absoluta!”

Fu: Como assim?

Eu: É só uma brincadeira. Vamos imaginar que você irá apagar gradativamente todas as marcas de xixi que você fez ou tomou para si e eu vou desfazer todos os nós que eu dei ou tomei como meus. Gradativamente, depois aceleradamente, vamos nos libertando de toda nossa estória, embora não tenha deixado de existir, mas para nós não existirá mais e. por fim, você não saberá quem é você, nem eu saberei quem sou eu, não existiremos mais, apesar de termos existido.

Fu: Assustador! Fico com medo!

Eu: Não, Fu, pelo contrário, pense numa paz absoluta. Nirvana, assim, dentre tantos outros nomes, fruto de uma mesma intuição profunda, nomearam este modo de estar, integrado ao todo, parte da potencialidade absoluta que a tudo dá forma e existência.

Este trabalho foi realizado a duas mãos e quatro patas Especial agradecimento à minha cachorra Fuyumi

Roberto Tonanni de Campos Mello

São Paulo, 13 de março de 2019 Trilha Sonora: Gabriel Braun : https://youtu.be/qAid__8fvY

Nosso parceiro Roberto Tonanni de Campos Mello, psiquiatra e psicoterapeuta, atende na rua Filadelfo Azevedo, 586, Vila Nova Conceição. Telefone (11) 3887-2832.