No último sábado (21), os servidores da Polícia Federal perderam o colega e o amigo João Batista de Souza Santos que morreu de infarto. Souza, como era conhecido, foi AOSD na Polícia Federal desde setembro de 1989 - quase 29 anos de dedicação.

“Pô, falei com o cara semana passada. Era um dos poucos amigos que mesmo longe a gente sempre mantinha contato. Souzão é um amigo que vai fazer muita falta. Me ensinou muita coisa, tanto na atividade policial quanto na vida", lamentou o amigo Alexandre Sebba.

Sebba ainda lembrou : "Estava sempre correndo atrás de serviço pra aumentar a renda e sustentar a família. Souzão era um guerreiro. Não só nós que perdemos um grande amigo, o DPF perde muito”, completou.

Souza tomou frente em ações sociais da igreja que frequentava ao lado de sua esposa Regina no recolhimento e entrega de cestas básicas para famílias carentes e roupas para crianças. Duas vezes por mês organizavam cafés da manhã  para pessoas em situação de rua.

fotos cedidas por familiares e amigos

O servidor também gostava de  gastronomia e isso proporcionou bons  momentos ao lado do colega Sylvio Ferrara Vazzoler. “Foi ele que me levou no lugar mais inusitado que já visitei nesses quase 13 anos de polícia: comer truta com amêndoa na quebrada. Eu não botei muita fé quando ele me convidou, mas o cara é o cara, né? Conclusão: o lugar era sinistro, mas foi a melhor truta que eu já comi na vida. Sinto muito não ter podido voltar lá com ele, sempre com a desculpa da vida corrida de São Paulo. Vai ficar guardado no coração”.

Ele já trabalhou no Exército Brasileiro e na Polícia Federal passou pela Delinst, SPO sendo sua última lotação na DRE.“Foi uma inspiração para mim assim que cheguei no DPF. Não sabia absolutamente nada sobre o que fazer e esse colega muito especial me disse: Calma, você vai aprender e não há porque se desesperar. As coisas vão acontecendo e se tiver boa intenção tudo vai dar certo, relaxa!”, contou a APF Lilian Yonashiro Coelho.

Ricardo Lappo o definiu como "guerreiro de confiança,forte, corajoso,sempre disposto ao trabalho". Lappo acrescentou também que ele não tinha medo da missão, "companheiro de qualquer hora, bem humorado e agradável de se ter ao lado. Digno e honesto".

Para José Antônio Malvar, Souza estava “sempre pronto, para qualquer dia, a qualquer hora, em qualquer lugar. Um abnegado para cumprir qualquer missão e sempre pensando na segurança de seus parceiros”. 

"Era um grande amigo e de todos da Polícia Federal. Ele vestia a camisa da PF a qual amava muito", declarou Lindaleia Pescuma.

 João Batista de Souza Santos, 55 anos, deixa a esposa Regina Aparecida Silva Santos, três filhas e netos. Seus amigos da PF estão se mobilizando para ajudar a família. Quem puder contribuir, ou queira mais informações, entre em contato com o APF Sylvio da DELEPREV.