Hoje, 28 de março, a Polícia Federal (PF) celebra oito décadas de existência. Durante esse período, a instituição passou por diversas transformações, consolidando sua credibilidade junto à população por meio de estratégias transparentes e com profissionais cada mais comprometidos. Mas ainda há um caminho com diversos desafios a serem enfrentados, entre os quais: uma estruturação que contemple todas as carreiras da PF, melhorias nas ações em prol da saúde mental de seus servidores e o aumento significativo do efetivo para que amplie ainda mais a excelência de trabalho que tanto os brasileiros almejam.

Nestes 80 anos, equipes altamente capacitadas formadas por escrivães, papiloscopistas, agentes, profissionais do Plano Especial de Cargos, delegados, peritos e terceirizados foram responsáveis pelo papel crucial na manutenção da segurança e na proteção dos cidadãos e do patrimônio brasileiro. 

“O que posso dizer é que dos 80 anos de vida da Polícia Federal, 40 eu tive o prazer em participar. Ingressei na PF em 1984, já participei de inúmeros eventos e operações, quando ainda estava vigente antiga CF, que foi promulgada em 1988.  A mensagem que deixo é que faria tudo novamente, da mesma forma e com o mesmo comprometimento”, conta o agente de Polícia Federal João Ismael Menegat.

Ele explica, com orgulho, que sempre fez o melhor para a grandeza e a valorização desta “importante e necessária instituição”. Para Menegat, tudo o que ele é e tem, deve à Polícia Federal.  “Sou feliz, apesar de todas as dificuldades que encontramos, inclusive muitas vezes por falta de recursos, mas sempre encontramos uma forma de aquilo que planejamos de fato aconteça... Sou grato por tudo que aprendi e o que represento desta honrosa Instituição”.

Sentimento também compartilhado pelo escrivão da PF, Marco Antonio Scandiuzzi. “Nesses 80 anos da PF nossa palavra é de gratidão. Gratidão por ter me acolhido na ANP em 1997, por me transferir valores, por me fazer compreender e viver o conceito de companheirismo. Faço aqui uma referência especial a todos os que passaram antes de nós e construíram alicerces em tempos difíceis. A PF foi e é construída todos os dias pelas suas pessoas, seus colaboradores e pelos recebedores dos serviços prestados nas mais diversas áreas. Passamos por questões de quantidade e de qualidade do trabalho”.

“Hoje acrescentamos o desafio de cuidar não só do trabalho, mas também nos problemas relacionados a saúde mental dos servidores, que passa, obrigatoriamente, por cuidarmos do ambiente de trabalho. Aos 80 anos a PF é uma jovem instituição com questões internas sérias a serem resolvidas.  Que todos tenhamos sabedoria no próximo ciclo. Parabéns, PF!”, conclui o escrivão.

Missão e Atribuições

Suas atribuições vão desde apuração de infrações penais que afetam a ordem política e social à polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras, garantindo a segurança nas áreas limítrofes do país. Também na prevenção e repressão ao tráfico de entorpecentes, contrabando e outras atividades ilegais.

Com sede em Brasília, a PF possui superintendências regionais em todas as capitais estaduais, além de delegacias e postos avançados em diversas cidades. Essa estrutura descentralizada permite uma atuação eficiente em todo o território nacional.

História

Embora sua origem remonte a 10 de maio de 1808, quando foi criada a Intendência-Geral de Polícia da Corte e do Estado do Brasil, foi em 28 de março de 1944 que a antiga Polícia Civil do Distrito Federal, sediada na então capital, Rio de Janeiro/RJ, passou a ser o Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP). Essa mudança ocorreu durante o governo de Getúlio Vargas, por meio do Decreto-Lei nº 6.378. O DFSP ficou diretamente subordinado ao Ministro da Justiça e Negócios Interiores.

Posteriormente, em 1946, outro decreto ampliou a competência do DFSP para atuar em todo o território nacional. Além das atribuições relacionadas à segurança pública, o departamento também passou a investigar infrações penais que envolviam questões como personalidade internacional, segurança do Estado, ordem social, entrada e saída de estrangeiros, crimes contra a fé pública e crimes contra a administração pública.

Com a inauguração de Brasília em 21 de abril de 1960, todos os órgãos dos poderes da República foram transferidos para a nova capital. A sede do DFSP, inicialmente instalada precariamente em um galpão de madeira da Novacap, posteriormente foi realocada para o 5º andar do Bloco 10 da Esplanada dos Ministérios.

Foi somente em 1964, com mudanças no pensamento político nacional, que a ideia de manter o Departamento Federal de Segurança Pública com atuação em todo o território se concretizou. A Lei nº 4.483, sancionada em 16 de novembro de 1964, oficializou essa capacidade de atuação da PF em todo o país.

Com informações do site do Departamento de Polícia Federal